Pe.
Guido Tonelotto, nasceu em Corcordia, província de Veneza, Itália, no dia 3 de
fevereiro de 1920. Filho de José Tonelotto e da Costureira Maria Sandro, ambos
naturais da Itália. De uma família de três irmãos, Guido entrou no seminário
com 12 anos de idade, concluiu os estudos de filosofia e teologia no instituto
Salesiano em Pádua, e, em 1948, foi ordenado padre pela Congregação Salesiana.
Chegou ao Brasil em 1955, para assumir a direção do Colégio
Salesiano de Carpina - PE. Em 1958 foi enviado a região norte do país. Lá
dirigiu o Colégio Salesiano de Belém e Manaus. Desempenhando seu ministério com
zelo sacerdotal, Pe. Guido foi convocado por seus superiores para retornar à
Roma, onde dirigiu o Centro de Formação de Leigos para América Latina.
Convicto de sua paixão pelos pobres, especialmente, pelas crianças
marginalizadas, volta para o Brasil em 1973. A convite de Dom Gentil, assume a
paróquia de Martins em 1978. Quatro anos depois, transfere-se à paróquia de São
José em Mossoró.
Sensível às crianças de rua, fez em pouco tempo, da sua casa, o
aconchego das crianças abandonadas de Mossoró. Com um coração de Mãe, ele
oferecia para elas amor, comida, roupa, acompanhamento psicológico e atividade
esportiva. Assim nascia o Projeto Esperança, a maior obra social voltada para
os pobres daquela época.
O
Santo do dia
De 1993 a 1994 vivendo no seminário, pude sentir e beber um pouco
da santidade de pe. Guido. Toda terça-feira, às 6h da manhã, ele chegava
acompanhado por dois coroinhas para presidir a missa. Entrava na capela, nos
cumprimentava de forma paterna e amiga, sentava e começava a contar uma
história de algum santo, geralmente, o santo do dia.
O que nos impressionava era a forma como ele falava dos santos.
Era como se ele os conhecesse pessoalmente, dizia os mínimos detalhes. Ainda
guardo na memória fortes cenas contadas por ele, da vida de São Domingos Sávio,
São Francisco de Assis e Santa Teresinha do Menino Jesus.
Seu jeito simples, sereno e fraterno nos encantava. Todos nós
seminaristas tínhamos nele, o modelo de padre que gostaríamos de ser. Recordo
também, dos presentes que ele frequentemente trazia. Eram camisas da Itália.
Aqueles presentes, recebidos pessoalmente de Pe. Guido, eram um orgulho para
cada seminarista.
Essa característica sublime de partilhar tudo o que tem é uma
virtude em extinção na vida de nós padres. Por isso, o seu testemunho, o seu
desprendimento, o seu zelo pastoral, a sua fidelidade ao Evangelho e, acima de
tudo, a sua vida a serviço das crianças abandonadas de Mossoró nos impelem a
assumir com coerência a nossa missão.Faleceu em 11 de novembro de 2009
FONTE – BLOG COMUNUCAR É PRECISO
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